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#15 Relação de Poder

  • Foto do escritor: Roberta Fauth
    Roberta Fauth
  • 24 de jan.
  • 4 min de leitura


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Essa história ficará ainda mais envolvente se for lida enquanto ouve este som aqui: https://open.spotify.com/intl-pt/track/5XeFesFbtLpXzIVDNQP22n?si=643108591341405f


Ele tem 31. É declaradamente submisso. Estava em busca de uma Senhora. Sim, Senhora. Achei engraçado no começo, mas na medida que fomos nos conhecendo, percebi que ele estava falando sério. Vocês já sabem que eu me identifico como switcher. A minha preferência é pela submissão, mas também sinto prazer realizando a tarefa de dominar. Estava diante de uma oportunidade de desenvolver esse lado com práticas mais próximas da liturgia - mas não necessariamente. O nosso primeiro encontro foi um almoço bastante casual. Ele tem uma beleza exata, nada extraordinário, mas definitivamente é bonito. O único loirinho do meu harém. Tem olhos claros, é inteligente, tem senso de humor e aparentemente conhece bastante de assuntos que me interessam, o que pra mim, significa que não vai me deixar entediada rapidamente. Eu preciso de emoção em todas as minhas relações, sejam elas baunilha ou em contexto de BeDê. Vamos tratá-lo como "Sub1".


Embora eu não tenha grande experiência no polo dominante, ele me disse que a atenção dele ficou presa na minha postura. De uma forma natural, eu conduzo as situações, é verdade. De uma forma natural, esse garoto me quer chamando ele de "posse". Propus um teste para vermos o quanto ele está disposto. Geralmente usada como castigo, aqui essa tarefa ganhou outra proporção, e deixei claro que, por enquanto, havia escolha. Ele poderia optar por não fazer, e tudo bem. Mas se cumprisse o proposto, eu entenderia que ele estava me concedendo permissão para explorar, da maneira como eu bem entendesse, as nossas compatibilidades. Ele concordou. A tarefa envolvia uma ação humilhante comprovada através de fotografia, com relatório detalhado no final do dia. Na manhã seguinte, recebi a foto do pau dele escrito com canetinha a palavra "mandado". No final do dia, recebi o relatório, onde ele repetiu, mais de uma vez, como queria sentir que era o meu pau-mandado. Embora eu compreenda, de forma intelectual, que a proposta que eu fiz era algo que o deixaria humilhado, dentro de mim algo se movimentou no sentido de achar divertido estar naquele lugar. Nos dias que se seguiram, ele cumpriu todas as pequenas tarefas que eu propus, fiz todas as perguntas que julguei pertinentes, formei na minha cabeça um perfil. Eu estava pronta e fiz planos para ele. Quando dei instruções de como queria vê-lo, recebi um lembrete: "Eu tinha essa viagem. Lembra? Te falei que viajaria nesse final de semana". Era verdade. E eu tinha esquecido. Fiquei brava com isso. Na noite que seria do Sub1, admiti outro em seu lugar, e aqui vamos tratar esse substituto por "Sub2". E enquanto essa outra pessoa (cuja história contarei em outro post) me servia, ajoelhado ao lado do sofá, segurando a minha taça de um mojito virgem que ele já tinha preparado pra mim, enquanto eu assistia a um episódio de uma série qualquer, eu tive uma ideia genial.


Fiz uma chamada de vídeo. Ele atendeu. Mostrei a ele que eu tinha alguém me servindo. Mostrei a imagem do Sub2, sem camisa e sem calçados, ajoelhado e de cabeça baixa. Descrevi suas características físicas com a voz manhosa e claramente malvada. Ordenei que o servo lambesse os meus pés, e assim aconteceu. Ordenei que o Sub1 mantivesse os olhos na chamada e se masturbasse. Ordenei que o servo lambesse as minhas pernas. Que fizesse massagem nos meus pés e tocasse o meu corpo. Na chamada de vídeo, gemidos vinham do lado de lá. "Você percebe o privilégio que perdeu?" "Você está vendo que há outro no lugar que podia ser seu?" "Você percebe o tamanho do erro que cometeu?" "Você pretende me deixar de novo?" - ao que ele respondia "Senhora, eu nunca mais vou perder outra oportunidade de servi-la". "Eu só quero servir para o seu prazer e o seu deleite, minha Senhora". "A única coisa que importa é a sua satisfação, minha Senhora". Eu quis ter certeza de que ele estava excitado e tenso. Pedi que se mostrasse. Ele obedecia sem questionar. Disse-lhe que nessa noite ele não podia gozar ou ter orgasmo algum, e ao desligar o telefone deveria virar pro lado e dormir. Nunca vou saber se ele seguiu essas instruções, mas antes de se despedir, uma vez mais ele se desculpou "Minha Senhora, tudo o que eu quero é ser digno de servir ao seu prazer". Desejei boa noite e desliguei a chamada.


De volta ao Sub2, que ainda beijava e lambia os meus pés, puxei ele pra mim, dei um beijo molhado e urgente na sua boca e o convidei pra ir embora. Seus serviços foram muito apreciados, em outra oportunidade podemos nos divertir mais. Ele tinha os olhos brilhando, estava excitado, mas estava incrédulo. "É isso que a minha dona quer de mim?"

"Sim. Por hoje, vá embora. Podemos nos ver num outro momento". E assim ele saiu da minha casa. E assim eu fiquei com a sensação de possuir, ao mesmo tempo, dois homens muito bonitos e totalmente malucos por práticas de servidão e humilhação. A minha mente ficou fervilhando de ideias do que eu ainda poderia fazer com eles. De como eu gostaria de testá-los, recomepensá-los e puni-los. De como manteria uma dominação à distância pra manter a emoção e o mistério presentes. Já fazia um bom tempo que estava sozinha e já tinha rascunhado uma lista e vários tópicos com ideias, quando recebi uma mensagem no meu whatsapp: "Estou alucinado. Não consigo dormir, só penso na sua pele e no seu cheiro, só quero você. Por favor me deixe vê-la de novo. Beijos, Sub2".


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Eu sou Lilith Sem Roteiros e vou compartilhar com vocês as minhas experiências, reflexões, encontros e descobertas nas minhas aventuras amorosas fluidas.

 
 
 

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